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Ferramenta CRISPR-Cas 9: Alvo de mídia em todo o mundo

Secretaria e delegações,

Um trabalho recente realizado com a ferramenta CRISPR-Cas 9 pela comunidade científica da América, Europa e Ásia-Pacífico foi alvo da mídia em todo o mundo justamente durante os dias de reunião das delegações desses blocos no comitê da OMS. Os depoimentos das nações participantes influenciam o enredo mundial da bioética.

Ao se estudar, em camundongos, uma mutação que causa uma doença pulmonar 100% fatal (na qual os indivíduos não chegam a nascer, isto é, são natimortos), foi registrado que não havia cura para esta doença e nem tratamentos disponíveis. Contudo, ao manipular com CRISPR o líquido amniótico da mãe dos camundongos, 20% deles nasceram saudáveis, sem a condição genética. Tal resultado anima cientistas e pessoas que carregam genes inativos da doença (que pode ser passada hereditariamente, gerando natimortos), pois há, com CRISPR, chance de deletar essa doença.

Com isso, um casal espanhol com 99,0% de chance de gerar um descendente natimorto, se voluntariou para o estudo a fim de tentar gerar um descendente saudável. Todavia, no país, os testes em humanos (adultos ou embriões) não são permitidos e a liberdade do casal de decidir ter um filho pode estar corrompida. Como a Espanha, participante do Bloco europeu e aliada a países de outros blocos, irá proceder diante de tal realidade? Recentemente, o Bloco europeu estava em processo de decisão em relação ao uso da técnica CRISPR em humanos. O país irá consultar o seu bloco e as demais nações ou se mostrará forte e decidirá por conta própria? Apenas irá seguir com sua palavra, corrompendo a liberdade  e a esperança do casal ou irá voltar atrás com sua palavra e permitir estudos em humanos para tornar possível mais um avanço milagroso da ciência? 

Espera-se atitudes éticas, legais e humanitárias ao se considerar tal problemática.



Respeitosamente,

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